Não é só a falta de comunicação entre o
adolescente, família e escola e a “deseducação” sexual que se desenvolve nos
meio de comunicação, que define que o primeiro irá experimentar de uma gravidez
não desejada. Isto parece dever-se à existência de certas características
pessoais e situações que facilitam a ocorrência da gravidez e a outras que
dificultam. Então, podemos resumir que a gravidez na adolescência depende de
muitos fatores e sua etiologia está relacionada com uma série de aspectos que
podem ser agrupados, podem ser eles: fatores biológicos, fatores sociais,
familiares, atitudes pessoais e a ignorância e falta de informação.
A idade média da ocorrência da primeira
menstruação, a chamada menarca, diminuiu aproximadamente dez meses nas últimas
gerações. É possível que este fato, possa influenciar no início precoce das
relações sexuais e, em consequência, adiantar a idade e a incidência da
fecundidade.
A nossa sociedade tem passado por muitas
mudanças na sua estrutura, o que pode ter ajudado boa parte desta a se torna
mais moderna. Essa modernidade é vista de forma errada, pois algumas pessoas a
usam para se tornarem tolerantes e permissivos em relação à aceitação das
relações sexuais na adolescência e, também, em relação à gravidez na
adolescência. Ainda tem a mídia que exerce forte pressão social, que apresentam
em novelas, filmes e músicas estímulos à prática sexual e como alguns jovens
que ainda não tem um caráter totalmente formado, se deixam levar.
O ambiente familiar tem relação direta com a
época em que se inicia o ato sexual. Assim sendo, adolescentes que iniciam a
sua vida sexual cedo ou engravidam neste período da vida, normalmente vêm de
famílias cujas mães também tiveram um caminho semelhante. As menina grávidas
costumam pertencer a famílias com fracas relações interpessoais e que vivem
geralmente nessa idade em condições de um certo afastamento, ou seja, pertencem
à famílias desestruturadas.
Outra grande característica das famílias
destas garotas é a ausência da figura paterna, sendo que muitas destas garotas
chegam até nem saber quem são os seus pais. A isto, há juntar que muitas delas
concebem as relações sexuais como forma de vingança ou castigo em relações aos
pais.
Dados estatísticos mostram que a maioria das
jovens que engravidam apresenta um perfil pessoal caracterizado por rendimento
escolar baixo, ligadas às famílias de classe social baixa, e moradoras das
regiões Norte e Nordeste do Brasil, sendo estas as regiões mais pobres do país.
Algumas meninas e meninos, mesmo quando tem as informações precisas para
evitarem uma gestação, custam a usá-las, pois no auge da sua ignorância
acreditam que o uso da camisinha irá atrapalhar nas relações sexuais.
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